E então ela me disse...

Como esse blog estava meio abandonado e eu totalmente sem inspiração, pedi para uma amiga/irmã que também é estudante de jornalismo colocar uns textos dela aqui:

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E então ela me disse: você precisa se controlar, pare de querer as respostas para tudo e espere. Mas o que eu posso fazer se sou assim, não gosto de meios termos ou é ou não é, as pessoas é que tem medo de dizer o que estão sentindo, não eu que estou ficando louca.
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Não quero me controlar ok, sou assim mesmo, acho que na verdade sempre fui. Quando digo que quero é porque quero mesmo, alias nunca tive muitas dúvidas sobre as coisas que quero, quando sinto de verdade e sinceramente não tenho vergonha nenhuma de ser assim. Então vamos combinar o seguinte, você que nem sabe o que é ou o realmente deseja coloque-se em seu lugar e pare de me chamar de louca.
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Então lá estava eu tendo uma conversa  SUPER empolgante sobre as diferenças sociais que vemos pelo mundo a fora. Um amigo contou sua história, disse que seu sonho era virar doutor mas não tinha nenhuma condição para tal coisa. Eu e minha vontade de salvar todas as almas pobres do mundo tentei o animar, disse que ele conseguiria. Provavelmente com algumas dificuldades mais conseguiria . Depois que ele relatou toda a sua triste vida eu fiquei sem saber o que dizer, só continuava a repetir não desista. Depois de ouvir tudo eu fiquei me perguntando que conselhos poderia eu dar, a uma pessoas assim, não venho de uma família rica  mas também nunca passei necessidade,fora todos os traumas que sua própria família haviam me causado, eu sempre tive uma família muito unida, meio louca, mais unida. Enfim a solução para toda essa diferença social eu não sei. Uma vez ouvi que a solução seria somar toda a riqueza do mundo e a dividir em partes iguais para cada um, mas quem iria querer fazer isso, iam acabar todos se matando. Então a única coisa que eu  disse foi não desista, sei que muitos já devem ter lhe falado isso, que pode parecer hipócrita  vindo de mim mais NÂO DESISTA. 

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Devaneios em uma aula de Sustentabilidade


Odeio esses dias cinzas onde tudo me aborrece, 
me entristece e me revolta, onde nada tem graça, 
interesse ou cor.

Odeio esses dias quentes tão frios, 
onde o meu tédio, egoísmo, individualismo, 
estão tão explícitos na minha cara de poucos amigos.

Odeio esses dias em que "Highway to Hell" 
não tem graça, e que apenas "A Urgência" 
e a "Arte do Insulto" causam arrepios.

Odeio esses dias que o politicamente correto 
me irrita.
Mas, já cantava Matanza:
"Não se conserta o que já nasce com defeito".

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O ciclo, o centro e o pernil


 São quatro horas da manhã, pessoas circulam em um espaço apertado, barulhento, cansadas de uma noite agitada na balada, e após uma noite de trabalho. Homens uniformizados correm por todos os lados atrás do balcão, levando cafés, sucos, refrigerantes, pães na chapa, salgados e o famoso pernil.

O ponteiro menor do relógio se move uma, duas vezes, o barulho recomeça. Pessoas bem vestidas com terno e gravata ou básicas, usando jeans e camisetas. Todas com pressa, um café ligeiro e o retorno ao trabalho.

A correria cessa, os apressados dessa vez retornam sem pressa, sentam, pedem, sorriem, conversam. É a hora do almoço. O que já era apertado se sufoca ainda mais, assemelha-se a um mar de gente, de jeitos, classes e estilos característicos do centro dessa selva de pedra. Mar no seu momento de descanso barulhento e caótico, para retornar ao trabalho ou aproveitar o dia de folga.


O espaço apertado vivência momentos de calmaria. O céu se tinge de tons mais fortes de cinza, o vento esfria no fim da última tarde do mês de agosto. As pessoas passam cansadas e a pressa retorna. Preocupação com o trânsito e o transporte sem estrutura, lotados.

A noite cai, o frio aumenta. Pessoas animadas com as perspectivas da noite, outras se preparam para o turno de trabalho. O ciclo não para, sete dias e 170 quilos de pernil por semana, as portas fechadas apenas no dia 31 de dezembro. Espaço apertado, ponto de referência no cruzamento da Rua da Consolação com a Av São Luís, é a lanchonete 24h, Estadão.

Foto por @fla_machado

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Unhas, inovação e reciclagem

Quando se pensa em ideias inovadoras e atitudes sustentáveis em favor do meio ambiente, geralmente relacionamos com a imagem do ambiente universitário, pessoas com um certo nível social, empreendedores bem sucedidos, empresas interessadas em descontos nos impostos e isenção fiscal. Hoje, ao lado da minha mami e da minha irmãzinha de coração Kadija, tive o prazer e me surpreendi ao conhecer a simpática manicure e design/decoradora de unhas Débora.

Débora Gonçalves da Silva, 34 aninhos, libriana, natural de Goiânia, casada e mãe de 3 filhas (Sophie, Soraiy e Solara), mora há 4 anos em Caldas Novas/GO e há 1 ano desenvolveu uma técnica para adesivos de unha, e o interessante é que os adesivos são confeccionados e vendidos em caixas de leite que tinham como destino certo, a lata de lixo.

(Clique na foto para visualizar no tamanho original)

Débora é manicure há 6 anos, teve a ideia para os seus adesivos graças a uma sugestão de uma cliente que viu no programa Mais Você da Ana Maria Braga algo parecido. Ela não assistiu o programa, sozinha fez experiências até chegar no produto final:
  1. as caixas de leite são cortadas em cartelas;
  2. são desenhados 16 formatos de unhas nas cartelas. Débora usa o número 16 porque gosta e acredita na Numerologia, 16 representa a soma 1+6 = 7, e 7 é o número da perfeição;
  3. os moldes são esmaltados com base;
  4. com pincel e tinta de tecido, Débora cria os desenhos direto na cartela, são mais de 50 modelos de adesivos.
 (Clique na foto para visualizar no tamanho original)

O salão improvisado e muitíssimo frequentado da manicure fica no fundo da vendinha do casal, em um sobrado que ainda não foi acabado onde mora a família, a rua do salão é a única asfaltada do bairro.

Débora além do trabalho no seu salão, ministra cursos de decoração/design de unhas e seu marido ajuda a vender as cartelas de adesivos para outras manicures. Ela também recebe ajuda de suas clientes que doam as caixas de leite.

O adesivo deve ser aplicado após o esmalte e fixado com brilho. O adesivo pode durar de 2 a 3 semanas, os modelos mais requisitados são os de mini rosas e borboletas com francesinha de renda.

(Clique na foto para visualizar no tamanho original)
 
Débora é uma mulher muito alegre, comunicativa e criativa, fiquei admirada com a harmonia e a educação daquela família, as 3 meninas são umas gracinhas e ficam super comportadas enquanto a mãe trabalha.
Se interessou pelos adesivos? Ou quer ajudar a Débora e sua família?

Endereço do salão:
Rua JT1, quadra 12, lote 14, Jardim Tangará, Caldas Novas, CEP: 75690-000
Tel: (64) 92355753

Encomendas:
sat.dandara@yahoo.com.br
tmartinsdelima@yahoo.com.br
(64) 9216-7484
(11) 8624-1094


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7ª arte: Tendência X Pesistência

Hoje, faz duas semanas que o lendário Cine Belas Artes perdeu a batalha para a especulação imobiliária e fechou suas portas, foram 68 anos de existência.
Localizado no cruzamento da Rua da Consolação com a Avenida Paulista, o Belas Artes era um dos últimos cinemas de rua que resistia bravamente contra a expansão dos cinemas blockbusters, em uma área onde constitui-se aquele que é o mais importante núcleo de concentração de cinemas de arte da América Latina, que em 2009 abrigava 7 cinemas com 29 salas de exibição e 5290 poltronas.
Desses 7 cinemas, restaram 5, em setembro de 2010 o Gemini encerrou suas atividades após 35 anos, e agora, março de 2011, chega a vez do Belas Artes fechar as portas.
A crise dos cinemas de rua preocupa os apaixonados pela 7ª arte, reduto de filmes alternativos que priorizam a qualidade e não o lucro, como os cinemas blockbusters e seus filmes hollywoodianos.
Será que se o nosso Brasil fosse habitado, em sua maioria, por seres com a massa cefálica mais ativa, nós não estariamos condenados a intermináveis sequências de "Crespusculos" e "Avatares"?
Bem, sonhar não paga imposto.

Dandara Lima

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Redescobrindo a vida em três fases

Achei um assunto que gosto muitooooo, para começar a escrever aqui: Cinema!!!
Sempre fui apaixonada por cinema, mas depois das aulas de Cinema do Prof Fernando Salinas (infelizmente apenas um semestre), agora estou fissurada!!!!!!!!
Vou postar aqui a minha crítica do filme "Comer, Rezar, Amar" que fiz para esse professor.





“Comer, Rezar, Amar” é um drama de 140 minutos, baseado no livro autobiográfico homônimo de Elizabeth Gilbert, direcionado ao público feminino, principalmente na faixa etária dos 25 a 35 anos.
O filme é dirigido por Ryan Murphy, escritor estadunidense e produtor de cinema e televisão, assumidamente homossexual, conhecido por escrever as séries Nip/Tuck (“Estética”, no Brasil), Popular (“Popularidade”, no Brasil) e recentemente o sucesso Glee. O elenco é composto por Julia Roberts (Elizabeth Gilbert), James Franco (David), Billy Crudup (Steven), Viola Davis (Delia), Javier Bardem (Felipe), Arlene Tur (Armenia), Elena Arvigo (Maria), Richard Jenkins (Richard), Tuva Novotny (Sofi), Rushita Singh (Tulsi).
Julia Robertes vive Elizabeth Gilbert, uma escritora que perdeu a fome pela vida, tem dificuldades em se relacionar e sempre foge dos problemas. O roteiro se desenrola de forma linear, respeitando a ordem cronológica dos fatos, sem apresentar nenhuma novidade, seguindo a fórmula dos três atos e a jornada do herói (mundo comum, chamado à aventura, encontro com o mentor e etc).
O primeiro ato é a apresentação dos personagens na cidade de Nova Iorque (EUA), onde a protagonista de meia idade vive uma crise existencial e inicia uma jornada de autoconhecimento. O segundo ato é o conflito, é o inicio da jornada do herói (chamado à aventura), que se passa na Itália (Comer) é a travessia do primeiro limiar, e depois na Índia (Rezar) a aproximação da caverna oculta. O terceiro ato é a resolução do conflito, se passa em Bali (Amar) é a provação suprema, a recompensa, o fim da jornada com final feliz.
O filme é regular, parece uma obra de auto-ajuda cheia de clichês como “vai passar, tudo sempre passa”, “volte a acreditar no amor”, começa muito dinâmico com a fase da Itália até chegar ao tédio quando a personagem está na Índia. Mas o filme consegue passar muito bem sua mensagem, os três elementos essenciais para a vida de uma pessoa: a fome pela vida (comer), equilíbrio emocional (rezar) e a coragem de se entregar a novas situações e relacionamentos (amar).
O público feminino consegue encontrar alguma identificação com a protagonista, uma mulher que é independente financeiramente, realizada na vida profissional, e muitas vezes hostilizada por sua independência e pelo divórcio, Elizabeth é a representação da nova mulher do século XXI.

Ficha técnica:
  • título original:Eat Pray Love
  • gênero:Drama
  • duração:140 minutos
  • ano de lançamento:2010
  • site oficial:http://www.letyourselfgo.com
  • estúdio:Columbia Pictures | Plan B Entertainment | Red Om Films
  • distribuidora:Columbia Pictures (EUA) | Sony Pictures Releasing (Brasil)
  • direção: Ryan Murphy
  • roteiro:Ryan Murphy e Jennifer Salt, baseados no livro de Elizabeth Gilbert
  • produção:Dede Gardner
  • música:Dario Marianelli
  • fotografia:Robert Richardson
  • direção de arte:Charley Beal
  • figurino:Michael Dennison
  • edição:Bradley Buecker
  • efeitos especiais:Drew Jiritano (coordenador)

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Inspiração, onde estas?



Uma vez uma das professoras que eu mais admiro, Prof.ª Denise Paiero, se dirigiu a turma e disse:
            - O que fez vocês escolherem o curso de Jornalismo? Não foi o amor por escrever? Então, não deixem que esse amor vire obrigação.
            Sempre consegui redigir textos com muita facilidade, mas, ultimamente toda vez que eu abro o caderno (pois é não faço direto no computador), me dá um branco, não consigo mais colocar no papel todos os devaneios da minha cabeça.
            Escrever sempre foi a única coisa que eu gostei de fazer desde criança (Redação era a minha matéria favorita), cadernos e mais cadernos de crônicas, contos, fantasias e histórias, inicialmente, quase todas sobre Halloween, e um esboço mal acabado de um projeto de mangá.
            Suspeito que esse breve momento de nostalgia seja culpa do final da minha leitura, do último livro da série Harry Potter, que desde os meus 11 anos foram os meus presentes de Natal (nos anos de lançamento).
            Espero que essa nostalgia devolva minha inspiração, e enquanto ela não volta, rabisco alguns devaneios em minhas nostalgias infantis.

Dandara Lima

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