Qualquer coisa em qualquer lugar.



Perdida em meus devaneios, entre realidade e fantasia, onde minhas ilusões parecem tão reais, quase palpáveis, quase esquizofrênicas.
O que é real? O que é fantasia? Até que ponto é apenas um delírio? Até que ponto minha sanidade mental não foi comprometida?
Olho no espelho, e o que eu vejo? Quem é essa pessoa? Não a reconheço mais. Mas, será que um dia eu a conheci?  

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Notícias de uma guerra particular

Documentário: Notícias de uma guerra particular
Diretor: Kátoa Lund e João Moreira Salles, 1.999
(não consegui colocar o vídeo, servidor com problemas, mas coloquei o link direto)





O documentário “Notícias de uma guerra particular” mostra a dura realidade do conflito entre traficantes, moradores das favelas e policiais no Rio de Janeiro, que infelizmente não se restringe apenas ao Rio de Janeiro, com características de uma guerra civil.
Um sistema carcerário falho, governantes omissos, policias desmotivados, baixíssimas condições de vida, violência, são apenas alguns dos fatores que incendeiam esse conflito.
Uma criança que nasce na favela, cresce em um ambiente violento e cheio de dificuldades, onde se conquista respeito através da brutalidade. O morador da mesma favela se sente acuado pelo tráfico e revoltado com a conduta dos policiais. O traficante dessa favela se sente uma vítima e um excluído da sociedade. O policial que precisa subir a favela está desmotivado com baixos salários e com os riscos que corre diariamente.
Além deles, que estão diretamente envolvidos, existe aquele grupo que financia todo esse conflito, membros de todas as classes, consumidores de entorpecentes. Todos se sentem vítimas, tanto do sistema, quanto do conflito, do traficante ao policial, do morador da favela ao morador do bairro nobre, e todos se isentam de culpa.
O conflito atinge seu clímax dentro das favelas, mas não se iniciou ali, o conflito se inicia na fila dos hospitais sucateados, na péssima educação pública, no sistema carcerário ineficaz, na má distribuição de renda, no preconceito racial e social, na compra de votos, que gera uma população analfabeta “funcional” (ou política), refletida no maior hit da propaganda eleitoral desse ano, o slogan do candidato a deputado federal, Tiririca:
“Você sabe o que um deputado federal faz? Eu também não, mas vote em mim que eu descubro e te conto. Pior do que está não fica!” 

Dandara Lima








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Devaneios em uma aula de T.G.E

São tantas limitações e restrições que não consigo mais diferenciar quando é a minha vontade que aflora do meu íntimo, em meio a sonhos e desejos, ou, uma condição imposta pela necessidade?
Será mesmo que vale a pena viver em constante estado de sobrevivência, passar por uma séria de atribulações em detrimento de um "sonho", que mais parece uma birra, ao invés de escolher um caminho óbvio, para uma vida confortável?
Será que não idealizamos demais nossas vontades e sonhos, iludidos por finais felizes dos contos de fadas e novelas das 8? Ou, super-valorizamos a possibilidade de alcançar poder aquisitivo e os seus possíveis benefícios?
Se conformar e enfrentar as provações por um sonho é muito idealismo, ou, se render a caminhos mais fáceis, demonstra a falta de ideais?
Tantas indagações, esparramadas em uma folha de papel que, sinceramente, não procuro saber suas respostas.

Dandara

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Panetone ou pizza na final do Brasileirão?

Estou postando a minha redaçao do Enem (dez/2009) da qual, consegui 900 pontos. \o/

Há muito tempo que não nos causa espanto, repulsa ou indignação, denúncias de escândalos sexuais, corrupção ou crimes fiscais, vinculadas a membros do poder público ou entre civis. Nos acostumamos e acomodados com a cultura do “jeitinho brasileiro”, e agora protagonizamos uma grava crise ética na política e dentro de nossos lares.
Foi manchete até nos jornais internacionais, a última denúncia envolvendo políticos brasileiros e a passividade da população brasileira, acostumada com tal situação. Al Capone, Pablo Escobar e até mesmo o fictício Poderoso Chefão, ficariam admirados com a criatividade do jeitinho brasileiro, infelizmente, não apenas na política.
Rimos sem prestar atenção das ironias sarcásticas do Arnaldo Jabor e de programas como o CQC da Bandeirante, o programa do Jô da Rede Globo o Furo MTV da MTV, entre outros, e ignoramos também as conseqüências dessa passividade e da impunidade que está enraizada na nossa cultura e não apenas na política. Virou moda entre os jovens brasileiros, cometer atos violentos e repugnantes, e depois exibi-los na internet, e inacreditavelmente, seus pais, ao invés de repreendê-los e educá-los, vêm a público e os defendem, dizendo que são apenas crianças. Se “crianças” são capazes de tal nível de violência, imagine na idade adulta?
A falta de ética e honestidade não se restringe à Brasília, é uma epidemia colonial presente em todo território nacional, ela está nas ruas, nas universidades, nas praças, padarias, shoppings, nas nossas casas, na maneira que educamos nossos filhos e também, nas prefeituras, câmaras, senados e congressos.
Ontem foi o escândalo com o vídeo envolvendo o governador de Brasília e membros do DEM, com esquemas de propina, hoje estamos sentados reclamando das atitudes dos nossos representantes antes de começar a novela, porque, depois, estaremos ocupados discutindo calorosamente sobre o que vai acontecer no próximo capitulo e sobre quem vai vencer o Brasileirão. E amanhã?
Bem, amanhã, caiu no esquecimento, a mocinha da novela separou do mocinho graças a um plano diabólico da vilã, outro jogo de futebol, carnaval chegando, e enquanto comemos pizza e de sobremesa panetone, assistimos a um novo escândalo.



Dandara A.M.L Silva

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